Tendências sustentáveis para a construção

  • A construção civil vem se atualizando no sentido de encontrar soluções mais sustentáveis para os seus projetos.
  • De acordo com o Conselho Internacional da Construção (CIB), setor é um dos principais produtores de resíduos sólidos, líquido e gasosos, além de mais de 50% dos entulhos.
  • NeoAcqua indica cinco tendências para 2024, considerando os conceitos ESG.

A construção civil desempenha um papel fundamental na economia brasileira e sua evolução significa entender a necessidade de desenvolver projetos e processos mais sustentáveis para reduzir a exploração de recursos naturais e a emissão de poluentes. Segundo o Conselho Internacional da Construção (CIB), mais de um terço dos recursos naturais extraídos no Brasil são destinados à indústria de construção. Além disso, o setor é um dos principais produtores de resíduos sólidos, líquidos e gasosos, sendo responsável por mais de 50% dos entulhos, oriundos tanto de construções quanto de demolições.

A mestre em engenharia civil e especialista em Gestão e Tecnologias Ambientais pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Sibylle Muller enfatiza a importância do ESG (Ambiental, Social e Governança) na indústria da construção, o que representaria a adoção de práticas sustentáveis, como o uso de materiais ecológicos, a implementação de técnicas de construção mais eficientes em termos de energia e a redução das emissões de carbono. Para Muller, a incorporação dos princípios ESG na construção civil é uma tendência que pode transformar o setor nos próximos anos, tornando-o mais sustentável e com menor impacto no planeta.

Tendências para 2024

Análises do setor realizadas pela NeoAcqua Saneamento e Soluções Ambientais permitem destacar tendências relativas a ESG que vão pautar novos projetos da construção civil sustentável a partir de 2024. Segundo Sibylle, as principais são:

  1. Construção Sustentável e ESG: A preocupação com a sustentabilidade ambiental e as práticas de ESG continuarão a aumentar no setor de construção, com a crescente implementação de projetos de edifícios mais eficientes em termos de consumo de água, de energia, uso de materiais sustentáveis, visando a redução de emissões de carbono, redução de descarte de resíduos sólidos e adoção mais ampla dos princípios de Responsabilidade Ambiental, Social e Governança (ESG).
  2. Construção Modular e Industrializada: A construção modular, que envolve a fabricação de componentes de construção em fábricas e sua montagem no local, será cada vez mais adotada, já que tem a capacidade de aumentar a eficiência da construção, reduzir o desperdício, gerar menos resíduos sólidos (restos de construção) e ainda permitir um cronograma de construção ágil.
  3. Economia de água: Visando a implementação do ESG, os projetos deverão incorporar conceitos de economia de água e de seu uso racional, seja durante as obras ou ao longo da vida útil do empreendimento. Além do uso de metais (torneiras e chuveiros) e descargas de vasos sanitários mais econômicos e a conscientização dos usuários, vislumbra-se uma tendência irreversível de implementação de sistemas de reuso de efluentes, principalmente de água cinza  e de aproveitamento (reuso) de águas de chuva. O uso de sistemas de reuso permitem maior preservação de mananciais de água potável, deixando a água de reuso para fins em que a potabilidade não é necessária. Os sistemas de reuso devem considerar o baixo consumo energético e baixo ruído para manter a sustentabilidade ambiental do empreendimento. São bem vistos sistemas de tratamento que sigam conceitos de construção modular e industrializada para montagem rápida na obra, reduzindo geração de resíduos sólidos.
  4. Eficiência energética: Conceitos de economia de energia durante as obras e a vida útil dos empreendimentos, com introdução de lâmpadas led e outros dispositivos e práticas economizadores já são bastante usuais,  e cada vez mais implementados, principalmente, em construções modernas de uso comercial.  
  5. Tecnologia BIM (Modelagem de Informação da Construção e Inteligência Artificial (IA): O uso mais frequente da tecnologia BIM, que permite integrar e visualizar os projetos de várias disciplinas em 3D para a construção de um empreendimento, será uma tendência nos próximos anos. O uso de robôs e drones, tende a crescer, ajudando na gestão de projetos, planejamento correto sem supervisão de etapas sequenciais e colaboração entre equipes de várias especialidades, evitando desperdícios e retrabalhos em obra e previsão de custos mais precisos.

Existe uma demanda crescente por projetos de edifícios inteligentes, dotados de recursos que possam colaborar com a sustentabilidade ambiental, como a automação predial e instalação de sistemas para economia no consumo de água e de energia elétrica, com o menor descarte possível de resíduos sólidos.

Sobre a NeoAcqua | A NeoAcqua, sucessora da AcquaBrasilis, pioneira e especialista em economia verde a partir de sistemas de tratamento de água e esgoto, com expertise de mais de 22 anos de mercado, fornece às empresas as melhores soluções em gestão hídrica, desde o projeto inicial até a instalação e operação dos processos de tratamento. Atualmente, a empresa já conta com implementações de centenas de projetos, por todo Brasil, de tratamento de água e efluentes para construtoras, indústrias, galpões, empreendimentos comerciais e residenciais de médio a grande porte.

Fonte: Assessoria de Comunicação

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