No Brasil, 43,7% dos cientistas são mulheres

  • Dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) indicam participação de 43,7% das mulheres no setor de pesquisas científicas no país;
  • Considerando as pesquisadoras no mundo, representação feminina cai para cerca de 33%, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

O dia 8 de março foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) na década de 1970 como o Dia Internacional da Mulher, data que é um marco na luta feminina por igualdade de gênero. Desde então, as mulheres vêm conquistando diversos espaços, onde antes eram áreas dominadas apenas pelo público masculino.

Um desses setores é a ciência, que de acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), as mulheres representam cerca de 33% dos pesquisadores no mundo todo e apenas 12% delas são membros de academias científicas nacionais. No Brasil, de acordo com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), as mulheres representam 43,7% dos cientistas.

No entanto, ainda se vê poucas mulheres nos cargos de liderança, seja na pesquisa ou fora dela. A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo (SCTI), busca mudar esse estereótipo e cada vez ter mais mulheres representando a ciência. E para celebrar essa data com profissionais que estão dedicadas à pesquisa e à produtividade científica, seja em prol do Estado ou em benefício da população em geral, confira mulheres ligadas à pasta e que fazem a diferença nessa área:

Mayana Zatz, bióloga molecular e geneticista brasileira, professora titular de Genética do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP). Foi pró-reitora de Pesquisa da USP (2005 a 2009). É coordenadora do Centro de Pesquisas do Genoma Humano e células-tronco (CEGH-CEL) e do Instituto Nacional de Células-Tronco (INCT) em doenças genéticas. 

Ester Sabino é médica imunologista, pesquisadora e professora titular do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC).

Pesquisadora do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-USP), Ester foi a primeira cientista brasileira a sequenciar o genoma do SARS-CoV-2 – e em tempo recorde.

Ana Augusta Odorissi Xavier, é organizadora do projeto Meninas Super Cientistas da Unicamp, faz parte da equipe dos podcasts Oxigênio (Labjor-Unicamp) e Prato de Ciência (FEA-Unicamp), onde atua na produção e edição de roteiros. Profissional de Pesquisa no Departamento de Ciência de Alimentos e Nutrição da Faculdade de Engenharia de Alimentos da universidade, atualmente é servidora não-docente do Laboratório de Química de Alimentos da FEA/Unicamp.

Marcela Medicina, bacharel em ciências e mestranda em inteligência artificial pelo Instituto de Computação (UNICAMP), trabalha com ciência de dados, aprendizado de máquina e P&D nessas áreas.

Desde 2019, é uma das organizadoras do projeto Meninas SuperCientistas, que visa incentivar meninas em áreas com baixa representatividade feminina.

Helena Nader é biomédica, responsável por pesquisas pioneiras no estudo sobre heparina, e professora titular da Universidade Federal de São Paulo, onde ocupou o cargo de pró-reitora de graduação. Foi presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) entre 2011 e 2017 e atualmente é presidente da Academia Brasileira de Ciências.

Vanderlan Bolzani, professora aposentada do Instituto de Química de Araraquara, mas que continua os trabalhos e envolvida diretamente na pesquisa de química dos produtos naturais, especificamente por conta dos grandes projetos INCT Bionat (Biodiversidade e Produtos Naturais).

Graduada em Farmácia pela Universidade Federal da Paraíba, ela chegou ao IQ em 1981, depois de concluir seu mestrado em química de produtos naturais na USP. Desde então, tornou-se nome fundamental na Química de Produtos Naturais no Brasil. Coleciona prêmios e homenagens no Brasil e no exterior, sendo classificada atualmente dentro dos 2% de cientistas mais influentes em nível global.

Maria Cristina Machado Domingues, Diretora Técnica na Unidade de Negócio de Tecnologias Digitais do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), mestre em Engenharia de Software. 

Como pesquisadora ativa, ela se destaca em projetos relevantes. Tendo participação no levantamento, concepção e integração do Módulo ITS – MITS Sistemas Inteligentes de Transportes (ITS) em rodovias concessionadas do Estado de São Paulo, projeto financiado pela ARTESP. 

Participação na modelagem do Sistema Defensoria Online para a Defensoria Pública do Estado de São Paulo, utilizado por suas 50 unidades de atendimento e integrado a outros sistemas.

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