- Projeto Cataki, realizado em parceria com a Tetra Pak, promove integração de profissionais da reciclagem de embalagens longa vida (ELVs) com representantes de cooperativas e depósitos;
- Ação contribui para o aumento de renda de catadores autônomos de materiais recicláveis e o fortalecimento de cooperativas e associações;
- Desde o início do programa, mais de 200 catadores foram beneficiados com remuneração extra por cada quilo de ELVs coletado;
- Por meio do aplicativo Cataki, qualquer pessoa pode se cadastrar e solicitar que um catador realize a coleta de recicláveis em sua residência;
- Imagem: Roda de conversa sobre o Cataki+ Longa Vida durante Ação Local na Relog, em outubro de 2022. Foto: Augusto Godoy/Pimp My Carroça.
O aplicativo Cataki desenvolveu o Cataki+, um programa para fortalecer a cadeia da reciclagem, aproximar os catadores das cooperativas e associações de catadores e estimular o mercado de materiais recicláveis, como as tradicionais caixinhas de leite e sucos. Uma das ações é realização de um evento anual, que representa um dia de acolhimento e diversão para os participantes do projeto.
Em São Paulo, cinco pontos consolidadores, entre cooperativas e depósitos de reciclagem, estiveram com o projeto na segunda edição do evento, que ocorreu ao longo de 2022: Relog S.A. (Zona Sul), Viva Bem (Zona Oeste), Recircular (Centro), Seta (Guarulhos) e Coopamare (Zona Oeste). A iniciativa também está presente em Belo Horizonte (MG), na Coopesol Leste. A próxima edição será nesta sexta-feira, 01/09/2023.
Desde 2021, o Cataki+ Longa Vida é realizado em parceria com a Tetra Pak e busca aumentar a coleta das Embalagens Longa Vida (ELVs). Os catadores e catadoras foram responsáveis por coletar mais de 3,7 milhões de unidades, o equivalente a mais de 104 toneladas do material.
“Esse material era considerado lixo mesmo, descartados na natureza sem nenhum valor. Eu levava em depósitos e ninguém queria comprar. Hoje, com o projeto do Cataki, eles têm conscientizado as pessoas sobre o valor [do material]”
Jacson Alves, catador da Zona Sul de São Paulo.
Um levantamento realizado este ano pelo Cataki+ Longa Vida aponta que 46% dos participantes não trabalhavam com ELV antes do projeto, devido à falta de comprador e ao baixo valor agregado ao material. Agora, as caixinhas de leite e suco representam uma oportunidade de ganhar mais dinheiro e, de quebra, contribuir com o meio ambiente.
Bons resultados favorecem crescimento do programa
Desde o início do programa, mais de 200 catadores foram beneficiados com remuneração extra por cada quilo de ELVs coletado (R$ 0,25 por quilo de embalagem coletada nos pontos consolidadores parceiros do projeto, que são as cooperativas). Além do bônus financeiro, os participantes receberam cartões cestas básicas, big bags, camisetas com faixa refletiva, chapéus, adesivos e equipamentos de proteção individual (como luvas e máscaras).
A comercialização é realizada em cooperativas e depósitos de reciclagem integrantes do programa. Com a inserção de catadores individuais, esses espaços passam a receber mais materiais recicláveis de diversos tipos.
Os locais de venda são conhecidos como pontos consolidadores e possuem papel fundamental na destinação adequada dos resíduos. Eles também dispõem de incentivos financeiros ao comprar as ELVs dos catadores e direcionar às indústrias.
Outro agente importante na cadeia da reciclagem é o gerador de resíduo, que consome as caixinhas de leite ou suco e precisa destinar o material corretamente. Por meio do aplicativo Cataki, qualquer pessoa pode se cadastrar e solicitar que um catador realize a coleta de recicláveis em sua residência.
Todo esse ecossistema (geradores, catadores, compradores e indústria) promove o incentivo à reciclagem com inclusão socioprodutiva de catadores individuais, ao mesmo tempo em que fortalece as associações e cooperativas.
“O desenvolvimento da cadeia de reciclagem no Brasil passa, necessariamente, pela inclusão dos catadores autônomos de materiais recicláveis e das cooperativas, agentes que contribuem de maneira efetiva para o fomento da economia circular. Esta iniciativa não apenas nos aproxima deles, mas é um reconhecimento do trabalho que prestam diariamente e reforça como ele é essencial a toda a sociedade”
Valéria Michel, diretora de sustentabilidade da Tetra Pak Brasil e Cone Sul.
Integrar e promover o bem-estar aos catadores
Na próxima sexta-feira (01), será realizado em São Paulo a Ação Local do Cataki+ Longa Vida. No evento, os participantes do projeto podem desfrutar de uma série de atividades com impacto na saúde, vida social e trabalho:
- Troca de experiências na roda de conversa sobre o projeto.
- Almoço.
- Bazar de roupas e sapatos.
- Terapias holísticas (como massagens e acupuntura).
- Banho solidário para pessoas em situação de rua.
- Arteterapia em big bags.
- Serviços de beleza (cabeleireiro, barbeiro e manicure).
- Atendimento social, jurídico e de saúde (com apoio da UBS Barra Funda).
- Vacinação.
Nas edições anteriores, o evento era realizado nos pontos consolidadores. Pela primeira vez, o Galpão do Pimp My Carroça e Cataki recebe a Ação Local com o intuito de integrar todos os envolvidos: catadores individuais, lideranças de cooperativas e depósitos de reciclagem, equipe do Movimento de Pimpadores e empresas parceiras, como a Tetra Pak. A estimativa é que 150 pessoas estejam no local, incluindo prestadores de serviços.
Os 70 catadores convidados serão contemplados com auxílio financeiro, a fim de custear o deslocamento até o evento e suprir um dia de trabalho em que não haverá coleta. Eles também levarão para casa uma big bag, para facilitar a coleta, armazenamento e transporte de materiais recicláveis. Segundo levantamento do Cataki+ Longa Vida, 31% dos participantes do projeto utilizam uma carroça como instrumento de trabalho.
Serviço:
Data: 01/09 (sexta-feira)
Horário: 11h, com roda de conversa ao meio-dia e atividades diversas das 14h às 18h
Local: Galpão Pimp My Carroça/Cataki
Endereço: Rua Gustav Willi Borghoff, 100/378 – Parque Industrial Tomas Edson
Sobre o Cataki+| O Cataki+ surge para potencializar a coleta de materiais com pouco valor agregado: as cooperativas e catadores vinculados ao programa recebem uma remuneração extra por cada quilo do material vendido, além de benefícios como cartões cestas básicas, big bags, adesivos, camisetas e equipamentos de proteção individual. Tudo isso só é possível graças à tecnologia social do aplicativo Cataki, utilizada pelo programa para realizar o monitoramento das atividades, desenvolver a distribuição de recursos e ajudar nos processos de comercialização.
