- Consiste num sistema de classificação de atividades económicas ambientalmente sustentáveis que pode ser utilizado para orientar e facilitar investimentos;
- A discussão vem ocorrendo em diversos países na União Europeia e na América Latina, como Chile e Colômbia;
- No Brasil, foi instaurada a 1ª Virada Parlamentar Sustentável. O movimento reúne mais de 30 organizações da sociedade civil e vai promover atos, debates, seminários e eventos, incluindo a discussão sobre a Taxonomia Verde.
Está em discussão no Congresso Nacional o Projeto de Lei n.º 2838/22 sobre Taxonomia Verde. Para quem ainda não conhece o tema, consiste na classificação das atividades econômicas de acordo com seus impactos positivos e negativos para o meio ambiente. Com o sistema, será possível analisar se uma iniciativa é realmente sustentável do ponto de vista ambiental evitando os chamados greenwashing, ou seja, estratégias de comunicação que anunciam ações sustentáveis quando, na verdade, não são.
A audiência pública sobre Taxonomia verde foi realizada em 07/06 e faz parte da “1ª Virada Parlamentar Sustentável“, um movimento que reúne mais de 30 organizações da sociedade civil e abrange a Câmara dos Deputados e o Senado com atos, debates, seminários, exposições e eventos ao longo do mês de junho.
Posteriormente, serão monitorados os resultados. O objetivo é construir pontes entre o parlamento e a sociedade com um objetivo comum: mudar o pensamento, o olhar e as ações de quem faz as leis socioambientais no Brasil.
Transição rumo à nova bioeconomia
A classificação das atividades econômicas proposta pela Taxonomia Verde vai permitir orientar investimentos financeiros por meio da identificação de iniciativas que contribuem com impactos positivos para o meio ambiente e de ações que oferecem risco. Essa discussão vem ocorrendo em países da União Europeia e da América Latina, como Chile e Colômbia.
A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) participou da audiência pública sobre o Projeto de Lei n.º 2.828/2022, do deputado Zé Silva (Solidadariedade/MG). Em sua participação, A diretora de Sustentabilidade, Consumo e Relações Institucionais da CNseg, Ana Paula de Almeida Santos, lembrou que as seguradoras, como gestoras e tomadoras de risco, desempenham papel fundamental para o desenvolvimento sustentável do país, podendo ser grandes aliadas na construção dessa taxonomia.
“O setor segurador gera muitos recursos e possui enormes reservas financeiras tendo, consequentemente, grande capacidade de investimento em produtos e seguros verdes, com reais impactos sociais para a nossa sociedade”, afirmou.
Participaram da audiência os ministérios do Meio Ambiente e da Fazenda, além de representantes da Susep. Entre os objetivos do Projeto de Lei n.º 2.832/2022 estão buscar um melhor direcionamento de recursos públicos e privados para atividades econômicas e auxiliar na transição fiscal e tributária rumo a uma nova bioeconomia.
Sobre a Virada Parlamentar Sustentável – A Virada Parlamentar Sustentável é um movimento que começa agora e não tem data para terminar. Unindo mais de 30 organizações da sociedade civil, a Virada ocupa a Câmara dos Deputados e o Senado entre os dias 5 e 29 de junho, com atos, debates, seminários, exposições, audiências públicas e mesas redondas. Propomos uma inflexão profunda na política socioambiental brasileira rumo a uma nova visão de futuro que coloque efetivamente o País na liderança mundial dos temas da sustentabilidade. Instituições parceiras: Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), Rede Advocacy Colaborativo (RAC), IPAM Amazônia, ICLEI, Instituto Ethos, ICS, Coalização Brasil, Oxfam, Inesc, Raps, FBOMS, ACT Promoção da Saúde, Alana, Alianima, Angá, BMV Global, Centro Brasil do Clima, Cirat, Conectas, Congresso em Foco, Instituto Clima de Eleição, Delibera Brasil, Environmental Justice Foundation, Estratégia ESG, Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, Frente Parlamentar Ambientalista, GT-Mar, GT Agenda 2023, IDEC, Iniciativa Inter-Religiosa pelas Florestas Tropicais no Brasil, Interface Advocacy, International Rivers. Observatório das Águas, Oservatório das Economias da Sociobiodiversidade, Pindorama, Politize!, Proteção Animal Mundial, Fundação Mais Cerrado, Sétima Cinema, Studio KwO XR, SVB, Soluções Inclusivas Sustentáveis, SOS Pantanal, Terrazul, The Climate Reality Brasil, UCB, UFSB, UnB 2030, Virada Sustentável.