- Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) anuncia dados do mercado de biodiesel em 2023 e mostra que empresas entregaram 7,34 bilhões de litros às distribuidoras.
- Volume é quase 20% superior ao verificado em 2022.
- Segundo APROBIO, a economia verde cresceu e não houve nenhum problema de desempenho alardeado por inimigos da descarbonização.
Os dados consolidados do mercado de biodiesel em 2023 anunciados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) confirmam a capacidade de resposta e de qualidade de atuação do setor.
Entre janeiro e dezembro do ano passado, as empresas entregaram 7,34 bilhões de litros às distribuidoras, um volume quase 20% superior ao comercializado em 2022 e cerca de 7,7% superior ao seu melhor desempenho registrado em 2021.
Importante que o aumento da mistura de 10% de biodiesel para 12% (B12) anunciado no começo do ano passado não pegou o setor de surpresa porque já estava preparado para, com os investimentos feitos, atender uma demanda de B15, conforme evolução prevista em resolução anterior e interrompida em abril de 2021.
“Não faltou matéria-prima, não faltou capacidade e sobrou qualidade ao produto ofertado em forma de mistura ao diesel fóssil nas bombas como todo o setor já previa”, destacou Francisco Turra, Presidente do Conselho de Administração da Associação dos Produtores de Biocombustíveis (APROBIO).
“A economia verde cresceu, com mais empregos e até o preço na bomba se comportou de forma estável ao longo do ano e não houve nenhum problema de desempenho que os inimigos da sustentabilidade e da descarbonização teimaram em rogar.”
Francisco Turra, Presidente do Conselho de Administração da APROBIO.
Menos CO2 na atmosfera
Estudo do Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrou que a presença do biodiesel na matriz de ciclo diesel ajudou a evitar a emissão de 4,4 milhões de toneladas de CO2 equivalentes no segundo trimestre de 2023, quando a mistura obrigatória do biocombustível cresceu para 12%. Turra reforça que “o tamanho dos benefícios de descarbonização tão desejados por toda a sociedade seria muito maior se a mistura prevista de B15 tivesse sido cumprida”.
“O certo é que o setor celebra 19 anos de história fazendo sua parte ao apoiar o Brasil no compromisso de cumprir suas metas de descarbonização do setor de transportes, além de ser exemplo de transição energética.”
Julio Cesar Minelli, Diretor Superintendente da APROBIO.
Segundo o diretor superintendente da APROBIO, Julio Cesar Minelli, o setor está pronto para avançar até pelo menos B20, beneficiando no curto prazo os grandes centros urbanos sem mudança em motores e custos em novas infraestruturas de abastecimento.