- “Diálogos para uma Estratégia Nacional de Bioeconomia no Brasil” foi promovido pela Virada Parlamentar Sustentável;
- Apoiaram o evento Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), Rede Advocacy Colaborativo e Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura
- Foto: Participantes da audiência pública.
Bioeconomia foi o tema de audiência pública da Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado Federal nesta terça-feira (20). Com o nome Diálogos para uma Estratégia Nacional de Bioeconomia no Brasil, o encontro foi promovido pela Virada Parlamentar Sustentável, com apoio do Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), Rede Advocacy Colaborativo e Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura.
A audiência, presidida pela senadora Leila Barros (PDT-DF), teve entre seus convidados para a mesa de debates Juliana Simões, Gerente Adjunta de Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais da The Nature Conservancy (TNC); Carina Pimenta, Secretaria Nacional de Bioeconomia do MMA; Adriana Ramos, Assessora Política e de Direito Socioambiental do Instituto Socioambiental (ISA); Priscila Matta, Gerente Sênior de Sustentabilidade, Biodiversidade e Amazônia da Natura&Co Latam; e Renata Nishio, Gerente de Sustentabilidade e Assuntos Florestais da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).
Foram trazidas para o debate as conclusões do Fórum da Geração Ecológica, trabalho que foi desenvolvido ao longo dos últimos meses pela CMA do Senado com a participação de diversas entidades e sociedade civil organizada.
Juliana Simões trouxe importantes informações sobre o tema, destacando os números do estudo realizado pela TNC no Pará, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Natura, mostrando o potencial do estado, que pode atingir até R$ 170 bilhões de movimentação financeira até 2040 com o investimento de políticas públicas na região. A pesquisa analisou 30 produtos da sociobiodiversidade paraense desde a produção até a comercialização.
“Esperamos que estes estudos possam influenciar o debate público para que possamos avançar cada vez mais com a bioeconomia da sociobiodiversidade, promovendo a conservação do nosso meio ambiente, sustentabilidade, geração de renda e emprego e combate à pobreza no nosso país”.
Juliana Simões, Gerente Adjunta de Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais da TNC
Juliana também abordou o plano de ação da Coalizão, que vem sendo trabalhado desde 2020 com o objetivo de criar uma política nacional de bioeconomia. “Precisamos colocar esse plano de ação em prática e olhar a bioeconomia de forma cada vez mais abrangente, como uma relação entre floresta, pecuária e agricultura, sempre respeitando as comunidades tradicionais e gerando riqueza para o nosso Brasil rural e florestal”, completou.
Para a senadora Leila Barros, os resultados do GT de Bioeconomia são promissores e apontam para um futuro mais sustentável e próspero, “Hoje tivemos um debate riquíssimo, com grande contribuição de todas as participantes”, disse ao final da audiência.
Virada Parlamentar Sustentável – Movimento que começa em agora, em junho 2023, e não tem data para terminar. Unindo mais de 60 organizações da sociedade civil, a Virada ocupa a Câmara dos Deputados e o Senado entre os dias 5 e 29 de junho, com atos, debates, seminários, exposições, audiências públicas e mesas redondas. Propomos uma inflexão profunda na política socioambiental brasileira rumo a uma nova visão de futuro que coloque efetivamente o País na liderança mundial dos temas da sustentabilidade. Nossa proposta vai além deste “Junho Verde”. Após o mês de atividades, a Virada vai acompanhar e monitorar os resultados alcançados. Seremos uma plataforma voltada para construir pontes entre o parlamento e a sociedade, em torno de um objetivo comum: mudar o pensamento, o olhar e as ações de quem faz as leis socioambientais no Brasil, já que é no Congresso que está a chave para a transição climática no Brasil.