- Coopermiti recebeu no ano passado 701 toneladas de e-lixo, que são equipamentos como televisores, geladeiras, teclados e computadores.
- O volume é superior às 555 toneladas tratadas em 2022. Apesar do aumento do e-lixo, volume ainda está abaixo da capacidade instalada anual, que poderia chegar a 1,2 mil toneladas.
- Cooperativa dedica-se à triagem de resíduos eletroeletrônicos e recicláveis secos, com atuação em São Paulo.
A Coopermiti realiza há 14 anos campanhas de conscientização sobre a importância do descarte ecológico para equipamentos eletrônicos quebrados ou sem uso e vem conseguindo aumentar a quantidade de lixo eletrônico recebida. Dados da cooperativa mostram que no ano passado a equipe de reciclagem recebeu 701 toneladas de televisores, geladeiras, computadores, entre outros produtos que receberam a destinação correta para não poluir o meio ambiente.
O número é superior ao total tratado em 2022, quando foram recebidas 555 toneladas de Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos (REEE). Apesar do crescimento, ainda há espaço para crescer, uma vez que a atual capacidade instalada anual pode chegar a 1.200 toneladas. Segundo Alex Pereira, presidente da Coopermiti, os resultados mostram uma maior consciência da sociedade sobre a necessidade de descartar corretamente os REEE.
“Em 2023, com o fim oficial da pandemia, percebemos que as pessoas se sentiram mais seguras para sair de casa e fazer a sua parte levando os equipamentos antigos para os postos de coleta. No entanto, entendemos que a quantidade pode ser maior se mais pessoas se engajarem nessa missão.”
Alex Pereira, presidente da Coopermiti.
Você sabe o que é e-lixo?
São chamados de e-lixo os resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos (REEE), tais como mouses, teclados, caixinhas de som, geladeiras, televisores, monitores descartados. Enquanto há cestos para separar plástico, vidro, metal e papel, é mais difícil encontrar recipientes para os eletrônicos, especialmente se são de tamanhos maiores, como geladeiras e máquinas de lavar.
O presidente da cooperativa explica que por falta de informação muitas pessoas acabam jogando os aparelhos no lixo comum ou em pontos de entulho e de descarte irregular. Em ambos os casos, os dispositivos se tornam vilões do meio ambiente. Quando são expostos ao sol e à chuva, passam a representar um risco à saúde e à natureza,
“Os resíduos podem liberar (descartados incorretamente) liberam substâncias tóxicas como Mercúrio, Cobre e Cádmio. Além disso, aumentam a extração de recursos naturais utilizados na fabricação de componentes que poderiam ser reaproveitados com a reciclagem de e-lixo pela indústria.”
Alex Pereira, presidente da Coopermiti
O que fazer?
Equipamentos quebrados ou sem uso, fios e outros componentes eletrônicos devem ser entregues pelo cidadão em postos de coleta específicos espalhados na sua cidade, em subprefeituras, faculdades, escolas, praças, entre outros locais. É possível pesquisar na internet quais os pontos de coleta nos municípios. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), 97% do lixo eletrônico da América Latina ainda não é descartado de forma sustentável.
Portanto, ainda é preciso uma maior conscientização da sociedade. Para educar a nova geração de consumidores, a cooperativa foca na educação de jovens e crianças. Assim, espera combater a falta de informação e de investimentos sobre o descarte correto do e-lixo.