- Ferramentas de desmalhe são projetadas para serem mais acessível economicamente e menos agressivas às baleias-jubarte;
- População brasileira de baleias-jubarte atualmente é estimada em mais de 30 mil indivíduos.
- Projeto integra as atividades de extensão dos alunos dos cursos de Design e de Engenharia Mecânica do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT).
Como parte das atividades de extensão do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), alunos dos cursos de Design e de Engenharia Mecânica estão desenvolvendo um projeto em prol do meio ambiente, especialmente na proteção e bem-estar das baleias-jubarte. A iniciativa consiste em livrá-las das redes de pesca, pois muitas têm ficado presas acidentalmente nesses equipamentos.
A presença das baleias-jubarte está crescendo no litoral brasileiro. Com o fim da caça comercial, a população brasileira de baleias-jubarte vem se recuperando com sucesso e atualmente está estimada em mais de 30 mil indivíduos. Apesar de ser um espetáculo natural, a presença delas perto das praias está causando preocupação.
Por esse motivo, a ONG Projeto Baleia-Jubarte – instituição não-governamental sem fins lucrativos dedicada à conservação marinha – firmou parceria com o Instituto Mauá de Tecnologia para o desenvolvimento de ferramentas de desmalhe, isto é, para retirar redes de pesca do corpo de baleias.
“Chegar perto das baleias para soltá-las das redes não é uma tarefa fácil, pois são grandes, pesadas e, muitas vezes, estão estressadas e machucadas. Existe um kit de ferramentas específicas para cortar as redes e ajudá-las a distância, mas são equipamentos importados, de alto custo e não totalmente eficientes.”
Eduardo Camargo, diretor da ONG Projeto Baleia-Jubarte e ex-aluno do Instituto Mauá
Kit de ferramentas
O projeto desenvolvido do IMT teve início no começo do ano e conta com a participação de docentes e alunos dos cursos de Engenharia Mecânica e Design. O professor Everaldo Pereira, coordenador do curso de Design da Mauá, é um dos idealizadores. A proposta é criar um kit de ferramentas mais acessível economicamente e que fique disponível em postos de atendimento ao longo do litoral, explica o diretor da ONG Projeto Baleia-Jubarte, Eduardo Camargo.
Para a elaboração do projeto, a ONG apontou algumas necessidades. A garateia (aparelho de pesca que tem três ou mais anzóis na extremidade da linha) de captura do cabo ou rede, por exemplo, deve ser um pouco mais leve, pois é necessário lançá-la a pelo menos 15/20 metros.
Outro ponto importante é observar que os materiais serão utilizados no mar e, por isso, devem ser resistentes à corrosão e também fortes o suficiente para aguentar os impactos sem se deformar, uma vez que os ângulos devem ser preservados por serem importantes para a função, segundo o professor do curso de Engenharia Mecânica, Claudio Bordinassi.
“Os nossos alunos estão empenhados em oferecer um projeto cuja garateia tenha peso perfeito e seja resistente para não amassar e segurar com facilidade os cabos. Além do mais, o ideal é que as ferramentas de corte tenham facilidade de substituição da lâmina, assim, em caso de quebra ou perda de fio, seria mais fácil repor e afiar. ”
Cláudio Bordinassi, professor do curso de Engenharia Mecânica do IMT
Sobre o Instituto Mauá de Tecnologia| O Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) promove o ensino científico-tecnológico há 61 anos, visando formar profissionais altamente qualificados. Com dois campi, localizados em São Paulo e São Caetano do Sul, o IMT conta com um Centro Universitário e um Centro de Pesquisas. O Centro Universitário oferece cursos de graduação em Administração, Design, Engenharia e em TI – Ciência da Computação e Sistemas de Informação; recentemente passou a oferecer três novos cursos: Arquitetura e Urbanismo, Relações Internacionais e TI – Inteligência Artificial e Ciência de Dados. Na pós-graduação, são oferecidos cursos de atualização, aperfeiçoamento e especialização (MBA), nas áreas de Gestão, Design, Engenharia e Tecnologia da Informação. O Centro de Pesquisas desenvolve tecnologias para atender às necessidades da indústria e atua como um importante elemento de ligação entre as empresas e a Academia.